sábado, 27 de dezembro de 2008

Muso forever

Não pude conter minha felicidade e tive que dividir
 isso com vcs! Me mudei faz pouco tempo prum 
bairro chamado Leytonstone. Quem conhece 
Londres sabe que esse é um bairro mais barato 
de se morar, afastadinho do centro, pero no mucho
com muitos nigerianos e pessoas com estilo "talibã" 
(só estilo ao que tudo indica) pelas ruas. Enfim, tava
 eu cá tentando me apaixonar pelo bairro, tentando
 admirar as diversidades e tudo mais...e aos poucos 
fui cedendo à primeira impressão e achando o lugar 
bacana, tranquilo e ao mesmo tempo cheio de opções 
pra comer, comprar, tomar uma pint e etc. Mas 
voltando, tava eu cá por me apaixonar quando 
descubro que esse foi o bairro onde Hitchcock nasceu
 e onde filmou alguns de seus primeiros filmes. 
Segundo a Fer, tem até um mercadinho em frente 
ao tube que foi a locação de um dos filmes.
Parece bobagem, mas essa simples notícia me 
deu um outro olhar sobre Leytonstone.
Poxa, meu diretor preferido morou e filmou
 por aqui...era o que uma tiete de carteirinha 
como eu precisava pra se identificar e passar
 a adorar o bairro.
E aí prestando um pouco mais de atenção vimos
 que existe um puta hotel em homenagem ao Hitchcock ou seria do próprio Hitchcock?!!! 
É todo macabro e ao mesmo tempo grandioso 
(hum, será que rola se hospedar lá? Ai que meda!).
Além disso, dentro da estação de metrô estão
 expostos permanentemente 17 telas de mosaicos 
mostrando cenas de filmes, cenas dele trabalhando
 como diretor e cenas de relax. (Como é que eu 
nunca reparei nelas se todo santo dia passo por ali!!
Tavam lá o tempo todo pra quem quisesse ver:
 o chuveirinho de psicose, cena do vertigo, de os pássaros...
Agora cada vez que pego o tube inevitavelmente
 fico olhando as cenas e tentando decifrar de que
 filme elas vem. Ainda de lambuja ganhei de natal 
um box com 14 filmes dele pra eu me deliciar, ver
 e rever até cansar. Eta coisa boa de se fazer com
 esse friozinho e embaixo do tobetoi! ;-))

Quem quiser ver todos mosaicos, clica aqui.

Coringa à solta pelas ruas de Londres! Hehe- adorei!


sábado, 20 de dezembro de 2008

Frames de alguma coisa

1.Você já deu uma navegada no blog parafrancisco? Se não deu meu amigo, prepare os lençóis antes de ler os textos porque lágrimas vão rolar. Sério, vale muuuito a pena conferir os textos. A história que aconteceu com a autora por si só já é trágica e dramática como num impactante filme, a idéia do blog é inspiradora e os textos lá postados são muito bem escritos, com uma sensibilidade e um cuidado delicioso nas escolhas das palavras. Vai lá, porque o final de ano pede um toque na alma.

2. Vi esses dias e demorei pra entender do que se tratava aquele livro na prateleira com apenas fotos e mais fotos e nenhum textinho. Pois é o tal do Point it, livro pra quem precisa se comunicar com alguém de outro planeta e não sabe a língua. Ou seja, apenas point it, simples assim. Uai, pode ser bem útil.

3. Como diz meu amigo Ramon, o boom da "era consumidor", com o faça você mesmo e mostre para o mundo se deu em 2006, mas de N maneiras seguimos as trilhas dessa caminhada, principalmente pelo poder que a internet tem de disseminar o que quer que seja e tornar aquilo conhecido no mundo todo. Essa semana vi uma matéria bacana de uma intervenção simultânea nas principais cidades do mundo como Sampa, NY, Paris e Londres que tá dentro desse amplo universo que comentei acima.
Pois então, foi a partir de um cara desconhecido, que postou uma foto despretensiosa no Flickr sobre si mesmo, fumando um cigarro, que C215, como é chamado o artista francês, baseou seu trabalho de stencil. Ele estampou a foto pelo mundo a fora e de lambuja transformou o sujeito num cara popular. Quem quiser ler a matéria e ver as fotos segue o link.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Dezembro do capeta

Final de ano é sempre meio caótico, é aquela etapa final de quase tudo: fim dos projetos, fim do ano, fim de curso, acúmulo de festas/presentes e afazeres sem fim. Parece que quando chega o fim do ano temos a sensação que tudo acelerou demais e só aquela virada de ano novo, com novas promessas e projetos pra baixar a freqüência dessa vida frenética. 
Meu ano foi excelente, mas nem por isso meu fim de ano tá menos caótico: Mês de mudar de casa, mudar de trabalho 2x, finalizar curso, pensar 2009 e no meio disso tudo vem aquele montão de afazeres da casa, do dia-a-dia, do amor, da família, da vida...em se tratando de mulher nem se fala. Eu por exemplo sou uma mulher sem grandes vaidades e já tenho um trabalho danado em arranjar aquele tempinho pra relax, depilação, unhas, hidratação (nessa correria seria luxo!), cabelos, terapia, exercício (esse acho que só nos projetos de 2009 mesmo). Mas nem sei porque tô escrevendo tudo isso. Essa introdução era só pra me dar ao direito de escrever pouco no blog esse mês. Sendo assim trouxe um textinho engavetado sobre aqueles episódios da vida real. Esse não é divertido como "la merd", clássica história dos horrores animais do homem, mas é singelo e caótico o suficiente pra ocupar lugar por aqui num momento caótico como é o mês de dezembro de qualquer ano.

Besitos e se eu sumir, feliz ano-novo! Muito relax e slow down pra galera! ;-)

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É na noite que o bixo  pega

Eu podia estar roubando, eu podia estar matando, mas eu estava apenas voltando de mais um dia de trabalho.

Saindo da Matter, madrugadão, pernas doidas, vida desgracenta na medida em que se tem referências. Parceria do Pedro e do John pra tornar tudo mais leve.

4 am - procurando a maldita parada do bus 108.

4.20 am - esperando o maldito bus. Faz frio, de madrugada na terra da rainha faz muito frio.

4.40 am - Não sei porque me vem a cabeça imagens da exposição de Francis Bacon. Talvez por que a cena da hora seja eu me desfacelando sentada no chão (laje fria). John semi vivo depois de ter trabalhado noite e dia, noite e dia, noite e dia. Sim, é isso mesmo, foram 72 horas emendando trabalho de dia e de noite. Desumanamente esgotante. O carnaval da labuta que ele mesmo se ofertou.
Pedro = puto! Não, ele é macho. Ao que tudo indica. Mas tava puto com a situação.

4.55 am - O 108 chegou. 47 minutos nos aguardam até a próxima parada pra pegar o 91.

5.10 am - Inside the bus -Tranqüilidade e aquele amolecimento confortante do corpo ao sentar numa cadeira fofinha e num lugar mais quentinho. Segundos depois, quatro periguetes adentrarem no 108 em clima de carnaval. UHUHUHU Bunda lelê!
Apenas nos entre olhamos. Estávamos meio sem paciência. John a essas alturas já está nas nuvens. Digo: na profundidade de seu doce sono.

5.15 am - Grunhidos, gritos e brilhos espalhafatosos é o que nossos cansados sentidos detectam no ar.

5.17 am - Mendigo entra no bus (meus sentidos inevitavelmente afloram, estimulados pelo odor do moço). E ele parecia papai noel. Cesta de comidas a tira colo (provavelmente doados e talvez vencidos).
Ele deixa sua cestinha jogada lá na frente do bus e sem nunca mais olhar pra ela sentou ao fundo, na minha frente obviamente.
Parênteses in my mind:
-" até mendigo nessa terra é desencanado, sem aquela paranóia de cidade grande/violenta que temos com nossos pertences."

5.20 am - cenas paralelas:
Cena 1 - Jésus dentro da bolha.
O Jésus. Vamos apelidá-lo assim, pois todo o homeless é cabeludinho e barbudo lembrando nosso senhor JC. Ok, talvez essa referência seja meio demodê, não seja a referência atual, já que metade dos jovens são iguais a JC. John e Pedro que o digam. 
Anyway, Jésus sentou e tirou do bolso sete bitucas de cigarro - bem pequeninas cada uma - e começou a remexer nelas na tentativa fracassada de montar um único cigarro. Certamente tava chapado ou emboletado porque a atenção que dava pras bitucas era fora do comum. Ele tava literalmente dentro da bolha.

Cena 2 - Periguetes em ação. E sem noção.
Na maior cara dura afanaram uns sandubas da cesta do pobre Jésus. Deram umas dentadas e fazendo jus a bebedeira cuspiram pedacinhos de pão mole e molhado  como bebês chorões. Pra você imaginar a delicadeza com que foram cuspidos, os pedaços caíram no vidro lateral lá do outro lado. A mira foi generosa e  o "vomito" rebateu no vidro e finalizou sua queda na cabeça de uma negrona da porra.

5.25 am - BAFÃO. Purpurinas e penas vão rolar.
Parênteses in our mind:
Lua - Quero minha cama.
Lauro - Abaixo do Inn.
Pedro - Que nem criança quando escolhe brinquedo, bem tonto.
Jésus- Ainda nas bitucas.

5.27 am - Tensão no ar. Negona vai tirar as caras com as bafentas. Mas pra surpresa geral ela vai cheia de classe, fala mansa e educação.
As bafonas vão com tudo pra cima dela...mas TUDO. Gritaria, mãozadas, tapa no ar, empurra, empurra. Até peitinho pra fora de uma das periguetes rolou, tamanha a afobação e violência.
Além disso, pra meu espanto vejo que tem um cara junto com as loucas e esse inclusive cai na baixaria together. Três mulheres e um homem contra UMA mulher já é covardia...Tudo é muito rápido. 

Cena paralela: em meio ao estado de tensão crescente o namorado da moça educada segue bem sentado, sem exercer um movimento em prol da paz. Parece não estar de alma presente, pois a única coisa que faz é olhar pro infinito com cara de peixe morto, molinho como se tivesse recém sido fisgado.

Enquanto isso:
Lua in own mind- Gente bem baixa, vô me avança nessas periguetes..sangue subindo... cheguei a ficar de pé, mas meu inglês era inibidor.
Pedro - já tinha brincado bastante com a situação, agora já tava em outra...acho que no ipod.
John - 7*&^%$#@)

5.40 am - Todo mundo de pé, e como em uma manifestação do povo, expulsamos as periquetes. Não preciso dizer que em Londres podes andar pelada que ninguém te impede. Sendo assim, podemos considerar uma manifestação ousada, em massa e realmente necessária. Só o motora que não se manifestou durante toda a função. Tá explicado: os imigrantes é que lançaram fogo ao barraco!

5.42 am - Desembarcamos. Ufa!! Agora rumobora pro 91...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Abrindo a alma

Costumo escrever no blog sobre coisas que gosto e que acho que meus singelos leitores vão gostar, geralmente os posts são em torno de meus temas preferidos: psicologia, artes, comunicação em geral e as vezes uns contos autorais.

Raramente falo sobre mim, porém as vezes falo sobre questões que me rodeiam, mas que fazem parte de um contexto maior presente na vida de cada um de nós e por essa razão penso que é gostoso de ser compartilhado.

Pois bem, aproveitando a inspiração de hoje, quero ir na contramão e falar exclusivamente de MUÁ. É que me animei lendo blogs de pessoas tão sinceras consigo (resquícios também do post anterior sobre ser sincera consigo mesma) como é o caso do Leonardo e da Gis e que conseguem trazer a tona seus sentimentos, como se estes estivessem expostos num varal, onde todo mundo pode ver, tocar, ajudar a mudar as coisas de lugar, independente se isso é de interesse geral ou não, se é bom ou ruim...
Pra mim esse é um canal virtual de troca de idéias em primeiro plano, mas também é onde muitas vezes exorcizamos nossos pesares e alegrias através das palavras. O que vamos combinar que nos poupa uma boa grana em terapia -auahuahauh!

Comecemos do começo. Sempre fui filha da crise, mas ao contrário das crises confusas e singelas dos meus anos juvenis a crise que me assombra agora é madura, clara como a água e forte como uma tormenta.

Não sei o que quero ser quando crescer. Mas a questão maior é que já cresci e continuo sem saber. Ohh God! ;-P

Trabalhei minha vida inteira, 9 anos, com comunicação, passando pelo mkt e RP, pelas produções publicitárias e pelas produções de eventos. Período rico em aprendizado, onde tive a sorte de participar de grandes projetos na Escala, por exemplo, onde fiquei meus últimos cinco anos e que me deram uma grande bagagem nas costas e agora até uma saudade daquela vida agitada e maluca, pois faz seis meses que larguei tudo pra tentar algo novo.

Em todo esse período imerso na minha profissão sempre me questionei duas coisas fortemente:
1. Que gostaria de trabalhar com algo mais específico, mais técnico, como é o caso dos médicos. Me incomoda saber que qualquer um pode trabalhar com comunicação enquanto só os médicos, por exemplo, são credenciados pra fazerem o seu ofício. Ou seja, pra que fiz a porra da faculdade se qualquer criatura pode fazer o mesmo? E me incomoda ver que, por trabalharmos com o subjetivo e com o abstrato muitas vezes, as coisas se arrastam e demoram pra se concretizar. Não é como numa operação, em que tu sai de lá, tem o período de recuperação e pronto. Na área da comunicação as coisas podem acontecer do dia pra noite ou podem nunca acontecer..muitos processos sao lentos e loucos.

2. Que gostaria de trabalhar com algo mais "bonito", no sentido de ajudar pessoas ou no mínimo ajudar a termos um mundo melhor. Ou sendo mais sucinta ainda, algo menos "vazio" e com um conteúdo mais relevante pra mim e pro mundo. Algo que eu me identifique fortemente.


Epa, epa, antes que surjam os ataques, nesse meio da comunicação e da publicidade tem muita coisa relevante, interessante e que possibilita termos um mundo ou um micro contexto melhor.
Mas o diabinho que habita dentro de mim muitas vezes palpitou que algo faltava. Muitas vezes tive a sensação que os projetos eram muito mais interessantes pra quem criava do que realmente pros que iriam usufruí-los.
O anjinho que habita em mim também me relembra que cada vez mais existem novas visões e novas maneiras de fazer o mesmo velho negócio, como é o caso dos meus amigos da Maria Cultura, por exemplo. Ajudei eles dois anos atrás a fazer o planejamento da empresa e na ocasião virávamos noites felizes da vida com a possibilidade de uma nova realidade que veio a ser a Maria. É uma questão de usar criatividade, de ter perseverança e a persuasão pra implantar determinado projeto bacana.
Uma área que admiro muito e nunca tive oportunidade de me aprofundar é o planejamento, onde tens a oportunidade de nortear toda a comunicação da empresa, dando um novo sentindo mais relevante e tudo mais. Enfim, tem coisa boa, tem coisa ruim, mas meu anjinho e meu diabinho sempre se bateram de frente e cá estou dividindo tudo isso com você. ;-)

O que sei é que larguei tudo pra me jogar em Londres, me jogar em algo desconhecido, dar um tempo, ter um novo desafio, olhar de fora da bolha e ter a possibilidade de rever tudo o que eu quisesse assim como experimentar coisas novas, viajar mais.
Primeiro queria melhorar o inglês e depois, no caso agora, decidir o que fazer da vida e retomar os estudos. Nossa, como gosto de estudar. E a vida de estudante?! Me sinto mais leve só de estudar inglês todas as manhãs, como se tivesse 18 anos, imagina um novo curso de especialização -uahuahuauh. Essa semana tive pesquisando cursos pra ver onde meu olhinho ia brilhar.

Pontos de interrogação me desconcertam. Decidir por algo novo ou permanecer na mesma linha de trabalho de repente só mudando o foco? Tenho 28 anos, não sou uma velha, o corpinho continua o mesmo-uahuaha- mas não me sinto confortável pra fazer escolhas erradas. Pra uma canceriana como eu, escolher é uma das tarefas mais difíceis. Mas uma escolha eu já fiz, que é ser feliz e fazer o que gosto. Pra mim isso é mais importante que qualquer dinheiro nesse mundo. E dinheiro é importante também, por isso fazer o que gosta significa fazer bem feito. Ai começamos a nos entender: dinheiro=prazer=realização.

Minhas vertentes de interessa são:
1. Psicologia. AMOOOOOO. Sempre foi meu barato. Sou daquelas que compra livro de Freud e Jung e artigos malucos só pelo prazer de ler sobre o assunto.

2. Arte / Design. AMOOOO. Amo como admiradora, como inspiração, como crítica, como prazer em viver rodeada de arte e bom gosto.

3. Escrever/ler. AMOOOOO. Descobri a escrita e como a maioria de vocês que tem blog, acho cada vez mais gostoso e interessante escrever. Qualquer cena, palavra, sensação pode se transformar em um texto...vivo com meu caderninho de idéia saboreando cada insight por mais que seja uma bobagem escrita só pra mim e mais ninguém.

4. Cozinhar. ADOROOO. Descobri a cozinha aqui em Londres  e acho uma delícia, um mundo divertido de improvisação e experimentos. Mas não me vem com uma receita, que não consigo seguir a risca, quando vejo tô inventando as maiores bizarrices da culinária. 

5. Comunicação. ADOROOO a parte estratégica, pensar uma ação ou criar um projeto bacana. Odeio a parte burocrática e as hierarquias presentes em qualquer empresa...

Ontem iniciei minha pesquisa de cursos e teve um que brilhou meus olhinhos chamado "Art Terapia". Bah, lincar arte com terapia seria um sonho, duas linhas que adoro e que fazem parte da minha vida diariamente. Depois vi um sobre direção de arte em produções. Foi a única produção que ainda não me aventurei e que sempre me seduziu.
Também vi uns cursos de criatividade meio malucos, pra abrir os poros e deixar a doideira sair pra fora.

Enfim, ando confusa, pensante e achei que escrever esse texto ia me fazer bem. Pode ser um tiro no pé (Ai, ai, ai, se o Faraquinho e a Fabi me lêem me deserdam pra sempre do mundo fashion dos nossos eventos, sem viagem de volta), mas também pode fazer bem pruma alma indecisa se mexer e dar o primeiro passo.
Penso muito em psicologia e afins, mas me questiono se teria paciência. Penso também em arte e afins e me questiono se teria talento. Penso em algo que seja um pós na minha área de RP e que traga mais conteúdo estratégico que tanto gosto ou algo mais social..antropologia, por exemplo, seria uma deli.

Talvez esteja sendo romantica demais.  Existe trabalho ideal? Será? Será que um dia vou ter alguma certeza? Porque é tão difícil decretar um caminho? Quantos leões  precisam morrer pra nos descobrirmos por inteiro? Existe alguém do outro lado que sente essas mesmas inquietações? Abre a porta que eu quero descer...


Ok, sem tanto drama...opções não faltam, é uma questão de seguir o coração, dar um passo de cada vez e se dedicar. 

Não tô acostumada a abrir minha alma dessa maneira, por isso colabore com meus anjinhos e diabinhos e traga sua experiência e suas opiniões. ;-))

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Desconstruindo meu ser

A cena rolou no metrô de Londres. Cidade supostamente cosmopolita e de primeiro mundo, onde educação e cultura fazem a diferença. E muitas vezes fazem mesmo, já outras vezes nos perguntamos se não somos todos farinha do mesmo saco podre.

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Cena by John:
- Entro no metrô lotado, consigo um lugarzinho ao sol e na minha frente vejo esparramado o típico familião: mãe, pai e duas crianças entre quatro e sete anos. Cada um sentado em um lugar. Pra começo de conversa isso já significa que muitas pessoas estão se espremendo em pé enquanto os filhotes ocupam acentos de gente grande. Mas ok, nem entremos nesse detalhe. Eles estão ali, bem confortáveis até que se pára na frente um senhor caindo aos pedaços. Velhinho mesmo, todo fodido. Ao contrário daqueles velhotes mais energéticos esse tava mais prum tipo coitadinho, curvadinho, pequenino, sabe?! Pois bem, passado alguns minutos o véio e o pai da família trocaram algumas palavras mais ou menos assim:

Véio- Será que o senhor poderia me ceder um lugar?
Pai- (Tom alterado) Como é que é??!!
Véio- Não, eh que gostaria de saber se posso sentar?
Pai- (Tom alterado) Não tô te entendendo??!!
Véio- (Tom coitadinho) É que tô com um problema nos joelhos e preciso sentar. Será que uma das crianças poderia me ceder o lugar?
Pai- (Tom prepotente) Claro que não. Pelo visto você tá com problema nos olhos também, pois não está vendo que tem uma pessoa sentada aqui!!

Silêncio!

John- (Queixo caído) O senhor pode sentar aqui no meu lugar. (Tava tão puto com a situação que o inglês falhou e não pode nem dizer uns desaforos pra esse pai de merda).

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Engraçado que ao ouvir essa história e condenar esse pai insensível com uma atitude escrota tão sem educação me veio a tona outra situação bem conhecida de qualquer criatura que já andou de bus, metrô ou trem nessa vida cão. Tu chega exausto pensando que é a pessoa mais merecedora daquele lugar ao sol, senta na janelinha e ao olhar de revesgueio que um senhor ou uma senhora (nem tão idosos assim, mas suficientemente idosos pra tirar seu acento) estão se aproximando a cabeça baixa lentamente, os olhos se fecham, o cochilo chega ou então o livro na mão sobe aos olhos e se torna tão assustadoramente interessante a ponto de a concentração te cegar!

Quem nunca fingiu que dormia num bus só pra não ter que dar o acento pra aquela querida senhora de pé na sua frente?!

Eu vou confessar: geralmente sou gentil e cedo meu acento a quem quer que precise, mas algumas boas vezes me fiz de louca na hora de dar o acento a idosos "saudáveis". Já velhinho caindo aos pedaços, mulher embarrigada ou gente necessitada por alguma doença "gritante" eu não consigo dar truque! Mas aqueles que penso que não vão sofrer mais que eu, eu já dei!

Mas o curioso é que quando adotei essa postura "escrotinhasemeducação" sempre precisei fingir que eu não era "escrotinhasemeducação".

Ou seja, nunca assumi nem pra mim mesma que tava sendo "fia da puta", já que nessas horas minha consciência se anulava e eu realmente fingia pra mim mesma que eu não tinha visto que era preciso levantar a bunda da cadeira. O não ceder espaço era uma desculpa pra mim mesma, onde o livro, a revista ou o cochilo sempre eram minhas legítimas bengalas.

Aprofundando: nunca consegui dar um verdadeiro truque como o que o John presenciou esses dias. Daqueles em que não te envergonhas de deixar um pobre velhinho se equilibrando enquanto estas bem sentado. Não que isso seja alguma vantagem, pelo contrário, mas tô analisando por outro ângulo.
Achei curioso relembrar toda essa situação e parar pra pensar que mesmo esse sujeito sendo um ignorante para com o próximo ele foi mais verdadeiro com ele mesmo do que eu muitas vezes sou comigo.
Enlouqueci? As vezes me esgota pensar essas bobagens...;-(

domingo, 23 de novembro de 2008

Um olhar sobre Barcelona

Becos Góticos

Sangue Latino

Carnicerias

Las palomas en La Rambla

Gaudí

El Born

Cidade "vista" pela Sagrada Família

Barceloneta

domingo, 16 de novembro de 2008

Somebody Else's Phone


Faz umas semanas que tenho acompanhado na mídia aqui de Londres a campanha da Nokia, Somebody Else's Phone .
Sempre que leio me identifico com os textos dos anúncios e fico imaginando as cenas. São jovens que, por exemplo, saem na noite, bebem todas, cometem bobagens, registram isso num filminho e depois acordam com aquele pesar de "o que que eu fiz", "não era eu que estava lá e sim um outro ser que me habita".

Só por essa perfeita leitura dos jovens e seus pesares já vale a campanha. Que por sinal é uma campanha integrada, com anúncios, filmes e web até onde eu sei. Na web você pode futricar na vida de cada uma das "personagens" da campanha. Inclusive cada um tem sua própria URL: jadesphone.com , lucasphone.com , annasphone.com .
Dá pra acessar e ler os recados, ver as fotos, vídeozitos e as músicas preferidas de cada um e tudo mais.
A idéia que a Nokia trabalhou é a de que o celular pode revelar muito da vida da pessoa. E isso concordamos né amigos, pois hoje em dia armazenas "a vida" nesses aparelhinhos.

Só achei palha que ao entrar no site da campanha tens a impressão que vais poder interagir mesmo, deixar uns recadinhos e tudo mais. Mas não, eles são quem abastecem o site com conteúdos novos de tanto em tanto tempo e nos só vamos lá só pra conferir mesmo!
De repente até o final da campanha surgem novidades de interação com esse trio! Vai saber... ;-)

sábado, 8 de novembro de 2008

Origamis por Won Park

A minuciosa arte de transformar um simples dólar em um origami sofisticado é a especialidade do artista Won Park. Sua inspiração transita entre bichanos exóticos a naves espaciais, chegando a produzir réplicas incríveis das séries Star Wars e Star Trek.

Clique aqui e confira outros trabalhos de Park.









sexta-feira, 7 de novembro de 2008

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Obama Baby

Todo dia recebo do Urban Dictionary, via mail, as palavras destaque do dia. Essas palavras são as "slangs" que o povo inventa em inglês. Pra quem não sabe "slangs" são o que chamamos de gírias, expressas na linguagem falada, de forma coloquial.

Olhem a que recebi hoje. Bem atualizado esse povo.  Gostei. 
Segue abaixo:

Obama Baby
A child conceived after Obama was proclaimed President by way of celebratory sex, or any baby born under Barack Obama's term(s).
I was born July 2009. I'm an Obama baby!



Segue o link pra quem quiser se cadastrar: http://www.urbandictionary.com/

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

technologic

Uma questão com a escrita que tem me atormentado é a pouca regularidade em que escrevo a mão. Em geral prefiro escrever direto no computador, pois sou de rabiscar e mudar palavras umas cem vezes, o que torna o computer invariavelmente mais eficaz que a caneta.
Só adquiri o hábito de escrever a mão aqui em Londres, por motivo de força maior que explico logo abaixo.

Minha teacher é mega cricri com detalhes, horários e letras de seus alunos. Já tinha ouvido falar que os ingleses eram super rígidos com horários, mas só. Não tinha idéia que os por menores lhes atormentavam a vida ao extremo.
Na aula a gente escreve muito a mão e nos é exigido escrever sempre em letra corrida ao invés de capital letters. Tipo aquelas letras de criança de terceira série, sabe? Ela jura por "A mais B" que esse é o padrão inglês e é inaceitável escrever de outra forma.
Ok, aqui estou eu pra me adaptar. Acontece que toda minha puta vida escrevi em capital letters e voltar a escrever como criança não é a coisa mais simples do mundo. Resultado: tenho tirado zero nas provas só por causa disso. Acreditem se quiser!

O que me fez lembrar isso foi me dar conta que maior que a dificuldade de mudar de letra é a dificuldade em abandonar o computer pra treinar e tentar escrever a mão. Vivemos tão submersos na tecnologia, é tão natural e automático, que as vezes fica difícil "virar a chavezinha" e engatar num papel e numa caneta de novo, por exemplo.

Pra vocês terem uma idéia, essa semana ao escrever o texto do post abaixo pro John me peguei fazendo o rascunho no computador e só depois passando a limpo no caderno.
ETA vida mudeerrna essa!

Obs sobre a cretina da prof.: ela me contou esses dias, em tom de "te liga", que teve um caso parecido comigo e que o guapo ficou três semestres repetindo o nível por causa das malditas capital letters. SOCORRO. Era o que me faltava! Amigos, me aguardem, pois em breve estarei postando muitas cartinhas pelo correio! ;-)

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

E pensar que o tempo nos pegou.

E não nos maltratou deixando marcas profundas e algum sentimento raso. Ou talvez aquela linearidade que maltrata as almas que se juntam por aí.

Nascemos na contramão. Nosso jardim não veio plantado, na verdade ele nem existia. Do cimento fez -se grama e da nossa singela sementinha foram se multiplicando as florzinhas e o verde mato. Hoje temos o nosso canteiro. É forte, lindo e só nosso.

As vezes a mata tenta ultrapassar o portão, invadir os muros e surgir nas frestas da calçada. As vezes isso é bom. Aí experimentamos e deixamos ela crescer e logo algo novo se forma. E quando é indesejável damos um jeito de podar e aparar a tempo.


Seria capaz de lacrimejar ao te sentir e transbordar só de pensar em te perder.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Teoria da bolha

Quando eu digo que a gente vive dentro duma bolha e só de vez em quando se dá ao trabalho de sair dela e dar uma olhadinha no acontece ao redor falo sério, apesar da triste constatação.

Esses dias fui numa feirinha em Notthing Hill aqui em Londres e resolvi entrar numa lojinha.

Obviamente que estava dentro da bolha, imersa por demás em meus pensamentos e só de corpo presente.
Eis que fui até o fundo da loja e uma suposta pessoa na minha frente não me deixou passar, seguir em frente, num clássico encontrão.
Sabe aqueles encontrões que damos com outras pessoas na rua? Em que ambos se olham pra desviar seus passos um do outro e acontece justamente o inverso, pois acabamos indo ambos pro mesmo lado, em várias tentativas de seguir livremente e em frente.

Pois bem, sem olhar pra suposta "colega" pedi licença e fui pro ladinho e de novo a "colega" veio a me confrontar. Pedi licença de novo e resolvi avançar sem dó. No que avancei dei de cara num espelho!!!!!!! Eu fiquei me debatendo e falando com um espelho, acreditem se quiser. E achando que a loja seguia adiante e que tinha uma pessoa me impedindo de passar!

Nem preciso dizer que a atendente ficou me olhando como se eu fosse uma louca solta!

São por fatos como esse que confirmo cada vez mais a teoria da bolha. Alguém se habilita a se manifestar sobre os efeitos da bolha em suas vidas? Ou vão me dizer que só eu dou uma de louca solta de vez em quando?

domingo, 26 de outubro de 2008

GOMORRAH

Semana passada fui ao cinema assistir o tão comentado filme Italiano Gomorrah, do diretor Matteo Garrone, baseado no livro de Roberto Saviano e premiado no Festival de Cannes desse ano com o Grande Prêmio de Crítica.

Antes de dar a minha opinião, quero abrir um parêntese importante:
- No dia do filme estava cansada e queria ver um entretenimento mesmo, algo leve ou no mínimo interessante depois de um dia duro. Quando digo leve não quer dizer que tenha que ser um pastelão, mas uma linguagem fluída pelo menos.
- Vi em inglês, o que me fez estar 100 vezes mais concentrada e com dificuldade de entender algumas linhas e entrelinhas que todo filme possui.

Ok, apesar desses pesares fui ao cinema com uma super expectativa, pois sabia que o filme tinha recebido muitos elogios de crítica e pra minha surpresa detestei o filme. No início prometia ser um grande filme, mas quando me dei conta que as histórias não iam se encontrar nunca e não ia passar daquilo, murchei. Passei o tempo todo me remexendo na cadeira e no final das quase três horas de duração só sonhava que o filme acabasse de tão entediada que estava. Pra minha surpresa, minhas outras três amigas que foram junto acharam a mesma coisa: um pé no saco.


Achei a fotografia ok. Foi o melhor do filme talvez, mas foi ok, ou seja nada de mais. Existem beem melhores por aí. O filme apresenta histórias paralelas de pessoas envolvidas de alguma maneira com a máfia. Retrata a máfia em Nápoles, nos anos 60 e 70. Mostra basicamente o submundo envolvendo os mafiosos, as drogas, as armas, as "tretas" em geral, numa cidade suja e feia, que por sinal provocou a ira dos Italianos mais nacionalistas.
A linguagem do filme é simples, documental, vida real, camêra oculta e com alguns planos abertos bacanas.
Embora o tema seja interessante achei que as histórias contadas foram muito mal exploradas, trazendo muito pouco além do imaginário popular que se tem dos mafiosos na Itália: poder, drogas e armas. Além disso, essas histórias eram pouco conexas entre si e um tanto confusas, sem uma linha fluída e contínua nem ao menos em cada uma delas.

Tem um post num blog que encontrei que retrata bem o que achei do filme, por isso achei legal botar aqui. Segue o link:
http://cineclubefdup.blogspot.com/2008/10/gomorra-ou-cidade-de-deus-italiana.html

Confesso que ao ler mais sobre o filme achei mais interessante os bastidores que trouxeram a tona o filme do que o próprio filme em si.
Li que no livro em que foi baseado o filme, o autor narra em detalhes a organização da Gamorrah Napolitana, mapeando nomes, destrinchando episódios ocorridos, fazendo balanços de finanças, saldos, cifras, vítimas. Eis aí uma boa indicação de que talvez o livro seja mais interessante e esclarecedor que o filme.

Segundo li no site Cinequanon, para o autor conseguir o feito, ele foi durante anos um infiltrado nesse submundo da máfia e desde o seu boom editorial vive (sobrevive) sob escolta particular, mudando freqüentemente de residência. Quando o filme homônimo dirigido por Matteo Garrone foi indicado à Cannes este ano o escritor napolitano manifestou preocupação em ir ao evento e sofrer algum tipo de atentado surpresa.

Também achei interessante essa visão de que para os italianos Gomorrah pode ser considerado um abre alas para uma nova etapa no cinema nacional, pois trabalha uma verdade crua e sem ser romanceada, onde vemos uma máfia sem brilho e glamour em meio a pobreza e o desgaste desse meio. Além disso os filmes italianos em geral tendem a trabalhar em cima da comédia e de histórias de amor, por isso um filme mais naturalista, "docudrama" pode dar uma boa arejada no cinema Italiano.


Enfim, como escrevi no início do post, eu estava com um monte de pesares no dia em que assisti o filme e acho importante salientar isso porque as vezes revejo um filme e me surpreendo com um novo olhar.
Por isso, pra não ficar só malhando, coloco em baixo sem dúvida a melhor cena do filme, de mais impacto onde os opostos se chocam.
Dois moleques encontram um monte de armas e iniciando -se no mundo do crime vão brincar e testar suas novas aquisições na praia.
Crianças "frágeis" (onde até a vestimenta trabalha essa fragilidade) num sonho perdido x violência e inversão de valores.
http://uk.youtube.com/watch?v=NVK5GBiVeAM

E se você assistiu o filme, contaí! ;-)

Retrato marcado


Essa foto é de divulgação de uma exposição que tá rolando na National Portrait Gallery aqui em Londres. É uma exposição da fotógrafa já falecida, Annie Leibovitz. A mostra apresenta 150 fotos de pessoas próximas dela, como família e amigos.
http://www.npg.org.uk/live/index.asp

Essa introdução foi só pra ilustrar o caminho das pedras que me fez parar pra pensar nos idosos e no ciclo da vida. Indo pro trabalho dei de cara com essa foto e consegui ver a semelhança entre o jovem e seu pai ao lado e parar pra pensar nesse trem.

Incrível como são poucas as vezes, como do exemplo acima, que vemos num idoso o retrato de sua juventude.
Concordo com o comentário de uma amiga de que as vezes temos a sensação que os idosos sempre foram velhos e que em sua grande maioria tem um jeito uniforme de se vestir, agir e pensar. É como se com o passar do tempo as pessoas fossem se tornando "beges e cinza claras", numa linearidade boring.

Acho incrível quando me deparo com uma velhinha no tube e vejo seu próprio corpo marcado com as marcas da vida. Marcas essas que não faço idéia se foram formadas por muitas noites festiando, muitas drogas, amor e tranquilidade ou caminhadas no parque...


E pensar que essas comportadas senhoras já foram jovens e belas e agora são maduras como as frutas, estando já num estado mais avançado da vida. Hoje (horrível confessar isso) quando vejo um rosto lindo de 18 anos às vezes me pego lembrando da minha pele nessa idade: tão linda, tão macia e firme. Não que tenha mudado muito, mas consigo sentir a sutil diferença com os meus 28 anos.

De qualquer maneira é fantástico saber que assim como cada ruga do corpo representa uma vivência, uma evolução, nossa alminha invisível também está a se transformar a todo momento, também sofre o mesmo processo de amadurecimento que nosso corpo, adquirindo suas próprias marcas. Algumas delas involuntárias outras batalhadas com suor, mas todas únicas. Ficamos mais sábios ou mais alienados, mais seguros, mesmo que dentro da nossa própria verdade, com a memória mais fraca se não "malharmos" o cérebro de vez em quando ou um avião como é meu vô, que nunca deixou seu intelecto morrer...

Ciclo da vida. Até que alguém prove o contrário, nosso ciclo tem um início, meio e fim e daqui a trezentos anos seremos pó e mais nada.

Ou alguém vai me dizer que tem a vaga idéia de quem foram os pais dos pais dos pais do pai de seu pai?

domingo, 19 de outubro de 2008

Doce ilusão!


A Matter é um Club aqui em London que há um mês venho fazendo uns bicos finais de semana.
Semana que vem provavelmente será minha despedida por lá, pois não tô conseguindo conciliar estudos + trabalho + bico + namoro ++++.

Semana passada teve um mini show da Supergrass. Essa semana teve Hot Chip e consegui ver o show inteiro (videozitos em anexo. A filmagem é tosca de celular) e semana que vem vai tocar por lá LCD Soundsystem e Justice.

Confesso que o trabalho é moleza, as horas que perdemos lá dentro são dureza (final de semana todo), mas sei que ao contrário do Pedro e do John, que trabalham lá também, vou sentir saudades de estar nessa atmosfera e ver, nem que seja a conta gotas, um monte de shows do caralho.

Aliás, além dos shows, o som de lá é simplesmente demais. Melhor som eletrônico que já ouvi em termos de qualidade de som e DJs. 
Se vier a London, não deixe de conhecer: http://www.matterlondon.com/

Só falta vir Daft Punk. Aí acho que me "viro nos trinta" e renovo meu  contrato por mais um tempinho...

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Urban Art



Oliver Bishop - young fez arte contemporânea pelas 
ruas de London ao criar "instant escapes" utilizando aqueles 
containers amarelos que tem por toda parte e que só servem
pra ocupar vagas de carro, colocar entulhos e restos de obra/lixo.

Esses "instant escapes" criados por Bishop seriam 
pequenos lugares pra "escapar", pra desopilar, pra 
confraternizar em meio a turbulenta vida em grandes 
cidades. Cidades essas urbanizadas por demás e que 
muitas vezes não possuem lugares assim.
Além disso, ele complementa dizendo que suas obras 
servem como uma espécie de "playgrounds for youngsters".

A idéia foi utilizar "rubbish skips" e aproveitar pra 
transformar um tipo de lixo presente em nosso dia-a-dia,
como os containers, em algo reaproveitável e útil.

Ele usou a criatividade e transformou os containers, como 
os das fotos acima, em: mini-park, skateboard park
swimming pool, living room e table e table tennis arena.

Achei muito bacana a idéia, embora tenha achado que 
o artista acertou meio que sem querer, pois ao ler 
a entrevista dele achei muita informação, idéias meio 
confusas e muita mensagem pra passar. E como diz um 
amigo: Quem passa mensagem é fax!

Mas mesmo assim valeu pela grande idéia. ;-)


terça-feira, 14 de outubro de 2008

DAFT PUNK

Pra comecar a semana bem e a mil! ;-)

Daft Punk HARDER BETTER FASTER STRONGER (Alive 2007), pra animar:
http://uk.youtube.com/watch?v=oGECJP3phyY

Daft Punk Technologic, porque eh fofinho:
http://uk.youtube.com/watch?v=D8K90hX4PrE

Daft Punk Electroma, porque eu adoroo:
http://myspacetv.com/index.cfm?fuseaction=vids.individual&videoid=38731124

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Confesso

Ando brega. Vai passar.

E vai ser assim...


...exatamente um dia após completar meus 93 anos. Dia 20. Dia ensolarado, nem muito quente nem muito frio. Céu azul sereno e claro. Nuvens brancas de algodão.
Vou deitar no parque perto da árvore mais robusta, me esticar na grama verde e com a brisa tocando meu rosto vou contemplar a vida with myself. Me deliciar com o calorzinho do sol, me espreguiçar gostoso, sentir o ventinho (talvez não goste de vento, pois velhinhos sentem muito frio) e admirar a imensidão do céu do melhor angulo possível.
Quando encher meus pulmões de puro ar e satisfação, vou olhar pro lado e como num piscar de olhos é que eu me vou. Morri. Simples assim. Essa será minha passagem pra paz celestial.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

A dúvida que não quer calar!


Esses dias entrei no blog de um amigo e ele comentava de suas férias na Itália. Que lá as "véias" iam pra praia sem a parte de cima do biquíni, com as "peitolas" caídas amostra. Me lembrei que quando fui a Portugal meses atrás presenciei a mesma cena: velhotas pelancudas, molengas e por vezes gordotas com seus peitolões amostra pra quem quisesse ver.

Eis a dúvida que não quer calar:
1. Essa atitude "tô nem aí" pode ser considerada uma evolução da espécie? Um despudor e desapego com o corpo tamanho a ponto de não estar nem aí se tá caído, mole ou gordo? Seriam elas seres evoluídos, onde o espiritual impera e o material/corporal pouco importa?

2. Seria isso um primitivismo da espécie? Algo capaz de afugentar até os tubarões, mas que por uma falta de noção tamanha elas desconhecem se quer essa possibilidade?
Onde o que impera na pessoa é a inconsciência de suas atitudes?

3. Talvez uma depressão profunda consigo mesma? Um ser assexuado, com uma falta total de estima e sex appeal?

4. Seria uma forma de "aparecer" na multidão? Uma forma de se mostrar? De apresentar seu resolvido sex appeal (mesmo estando fora dos padrões da sociedade capitalista) a quem quiser ver?

E mais: podem os homens acabarem por se excitar até com molengas mamas senhoris?

Help me! ; -)






segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Entre o nada e a dor eu fico com a dor.

Li esses dias no perfil do orkut de uma conhecida uma frase interessante:
"Entre o nada e a dor eu fico com a dor."

Parênteses:
(Vemos uma coisa e imediatamente já associamos a outra e relembramos outras tantas. Freud explica. Pois bem, vi um comentário dessa menina no facebook ontem e me peguei pensando nessa frase vista meses antes em seu perfil. )

Mas a questão é que parei pra pensar se realmente entre o nada e a dor eu fico com a dor. Por exemplo:

1. Se por uma suposição maluca eu soubesse ao nascer que eu nunca poderia experimentar transar com alguém, preferiria eu um estupro (experiencia) a nada?

2. Se eu me visse com o corpo imobilizado, quiçá só com o pescoço se mexendo, preferiria eu virar pó a ter que ficar assim?

3. Se meu grande amor se fosse no auge da nossa paixão, preferiria eu nunca tê-lo conhecido antes?

Claro que esses são exemplos extremos, mas sendo bem honesta, mesmo no pior dos exemplos me vi ficando com a dor, com a vivência, com o "ver pra crer".

Na verdade minha simplória conclusão, que acredito ser consenso é que essa frase representa algo muito maior, uma digamos assim ânsia por viver, seja lá como for. O "nada" é o não experimentar, o estar morto, o não viver, enquanto "a dor" é a própria existência de vida de cada um, que com acertos, erros, frustrações, realizações é repleta de dor e otras cositas más! 
;-)

Parênteses de livre associação:
(Fora que a "dor ensina a gemer", como sempre diz minha mãe e essa é outra frase que dá um belo de um caldo...)

E você, vai de dor ou vai de nada? Fez uma leitura diferente? Diz aí... ;-)

domingo, 5 de outubro de 2008

Bomba relógio!


Hoje é domingo, acordei as cinco da tarde. Já são dez horas da noite aqui em London. Não fiz porra nenhuma, dia de puro ócio. Meu corpo tá mole e tô com aquela gostosa sensação de preguicinha. Minha cabeça tá leve e minha mente vazia.
Futricando nos meus escritos achei um texto exatamente oposto a esse momento tão relax. Um texto de dias pesados. Dias em que o corpo e a mente só atrapalham e a TPM chega pra dar uma pioradinha na situaçã. Dias em que a "oração pela vida", texto mais abaixo, é pura balela, pois o que mais fazemos é nos concentrar em bobagens.
Muitas vezes usamos sim a TPM como desculpa por estarmos "da pá virada", mas só nós mulheres sabemos que ela de fato existe. Ao menos eu sei BEM, meus hormônios chacoalham. Sejamos francas: ela nem sempre vem sozinha, mas que dá aquele empurrãozinho ladeira a baixo, ahn dá.
Vou postar esse textinho aqui embaixo já que meu corpo e mente tão mole demais pra entrar em ação...

---
TIC - TAC...TIC -TAC...TIC-TAC...
A bombástica ÂNSIA que há em mim seria capaz de me impulsionar a atravessar o universo e corroborar com o calor do sol.

A ENERGIA que há em mim, em forma de palpitação, poderia me dar fôlego para atravessar um oceano a nado e ainda assim meu sono não seria tranquilo.

A FOME que habita este ser que vos fala faria com que eu abocanhasse um edifício, se esse fosse de chocolate.

Já com o DESCONTROLE que impera em mim conseguiria estremecer o planeta, endoidecer você e quem sabe acordar desse pesadelo!

LeitorAS, isso relembra vocês de alguma coisa?
Me defendam, pois tem que ser mulher com M MAIÚSCULO pra agüentar esse "trem"!

A "TPM METE TERROR" possui data marcada pra iniciar. Diferente das bombas terroristas que conhecemos, essa "coisa" não explode acabando com tudo. Ela é mais cruel no seu método, possui um ciclo, numa espécie de transe de muitos poucos dias.
Conta gotas da inquietação! As vezes desculpa furada pra lamuriação!

Anyway, oxalá que passe logo! ; -)

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Street Art, D*Face and Banksy



Ontem li no jornal sobre um trabalho de um cara que fez uma intervencao em London bem legal. O tal do D* Face, que dizem por aqui ser o novo Banksy de London. Pessoalmente acho dificil essa comparacao, pois igual ao Banksy vamu combina que eh ruim hein..

Nao tive a oportunidade de ver pessoalmente na rua, mas semana passada ele e sua turma instalaram ilegalmente, segundo o jornal thelondonpaper, meia duzia de gigantes aerosois de concreto em lugares super populares como Trafalgar Square e Covent Garden Market. Foram "monumentos" de arte de rua e ao mesmo tempo um protesto contra as autoridades estarem aumentando o combate contra a street art.

Em paralelo a isso, o D* Face esta mostrando a sua arte legalmente em uma exibicao solo, aPOPcalypse Now, em Shoreditch Black Rat's Press. A mostra vai rolar de 3/10 a 2/11 e suas obras buscam repensar nossa "amiga e companheira dos novos tempos": a OBSESSAO que temos com a fama e o consumo.

Segue seu site (ta meio desatualizadinho):



Falando em D*Face, fui dar uma pesquisada e encontrei esse site bem legal: http://dot.c6.org/drupal/node/1

Nesse link encontrei um projeto com o Banksy em que serao vendidos stencils nos proprios pontos de instalacao. Fiz uma "leitura dinamica" apenas (depois quero olhar com calma), mas achei o projeto bem maluco e contemporaneo. Ficou curioso, olha la! Devem ter outros projetos mais legais ainda!


Obs: desculpa a falta dos acentos again and again.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Great Gorillas Runs






Aqui em London acontecem coisas hilarias a toda o momento e nesse final de semana teve um evento pra la de hilario: "Gorillas are great". Na verdade esse evento ocorre tambem em outros paises e cidades, como New York, Amsterdam, China and San Francisco.

A ONG "The Gorilla Organization" promoveu nesse final de semana a sexta corrida ( acontece todo o ano, desde 2003) de em media "700 Gorillas" pelos principais pontos da cidade.

Calma..ninguem pegou os bichinhos la da Africa e colocou no meio da cidade, judiando dos mesmos. Na verdade sao as pessoas que participam do evento se vestindo de Gorilla. O objetivo eh ajudar na arrecadacao de verbas pra preservar os Gorillas na Montanha.
Essa edicao foi sucesso, com mais de 700 participantes, grande arrecadacao de verba em prol da causa e diversao pro publico que conseguiu ver "os bonitos".

E porque voce participaria duma corrida dessas? Eis a resposta da ONG:

"Why: Because gorillas are amazing and it can be fun doing our bit to save them. "
Mais informacoes dos proximos eventos em:
http://www.greatgorillas.org/

Obs1: gosto de ver que o povo aqui nao se mixa, alem de participar vestido de macaco ainda fazem uma producao extra, com fantasias e acessorios! ;-)
Obs: desculpa a fata de acentos again! ;-(

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Oração pela VIDA!


Obrigado Senhor por eu não ser uma das mulheres violadas em Kosovo.
Obrigada Senhor por eu não morar no Afeganistão junto com os Talibãs.
Obrigada Senhor por eu não fazer parte dos mais de 950 milhões de pessoas que passam fome no mundo.
Obrigada Senhor por eu não estar em Hiroshima e Nagasaki na ocasião da bomba atômica.
Obrigada Senhor por eu não ter nenhum problema de saúde.
Obrigada Senhor por eu não acreditar em religiões a ponto de vestir burca (só com os olhinhos de fora) e ter que dividir meu marido com mais dez mulheres.
Obrigada Senhor por eu não ter levado tiro de nenhum flanelinha de plantão.
Obrigada Senhor por eu não ter sido judia na época em que os nazistas fuzilavam até criancinhas inocentes.
Obrigada Senhor por eu não ser milionária a ponto de achar a vida um tédio (Melhor supor que seria assim!)
Obrigada Senhor por eu não fazer parte dos mais de 30 milhões de infectados pela Aids no mundo.
Obrigada Senhor por eu não ter nenhum familiar político no Brasil pra me envergonhar.
Obrigada senhor por eu não estar no Sudeste Asiático na ocasião do Tsunami.

Obrigada Senhor por eu ter dentes, pernas, seios e cérebro.
Obrigada Senhor por eu ter quase trinta anos com corpinho de 22 e cabeça de 50 (Se achou né!)!
Obrigada Senhor por eu ter família, um amor, grandes amigos e um pouco de educação.
Obrigada Senhor por eu valorizar a vida a ponto de ter medo que um dia ela acabe!
Obrigada Senhor por eu não ser hipócrita e seguir minha BUSCA, sempre.
Obrigada Senhor por eu valorizar a vida! E cada vez mais achar que tudo é muito pequenino comparado ao Universo a nossa volta!


Se você freqüentemente cria problemas onde não existem. E esses problemas pequeninos viram gigantes de dentes, e se transformam em correntes de insatisfação, raiva, melancolia, intriga, ou seja lá que energia negra represente:
LEMBRE-SE da oração pela vida!


Eis uma das maneiras de valorizar a vida.
Luana pela corrente da felicidade! ;-))

sábado, 20 de setembro de 2008

Penteando e barbeando a "Perseguida"!




"Faça do seu jeito usando nossos produtos" é o que sugere a marca rfsu.
Site divertido e um tanto original...
Vale entrar lá e brincar um pouco:

http://www.shavethepussy.com/