terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Filha da Mãe!


As águas vivas, mais conhecidas como mães d’agua, são animais comuns nas profundezas dos mares. Como ainda não tive a oportunidade de desbravar a profundeza dos mares do mundo é nas beiradas de capão que mais as encontro. Também pudera, lá esses serzinhos repulsivos aparecem aos borbotões exibindo seu corpo feito com 99% de água. Não é à toa seu nome, “água viva”, no sentido de ser confundida com a água, de ser tão transparente quanto ela, mas nem tão inofensiva assim.

Quando a tal te queima é natural você pensar que foi fisgado pela maldita, mas na verdade foi você quem foi ao encontro dela. Ocorre que as águas vivas não costumam enxergar. Isso se deve ao fato de a maioria serem animais primitivos que já existiam antes dos olhos virarem itens de série nos seres vivos microscópicos (também acho bizarro. Verdade ou conseqüência: foi o que li por aí).

Chutaria que não conheço alguém que nunca tenha sido queimado por uma mãe d’agua. É raro. Eu mesma devo ter sido queimada umas oito vezes entre infância e adolescência.
De todas as formas: pega de raspão pelos fios, atingida na costela com tudo.
A mais marcante foi uma vez que dei um mergulho e fui recepcionada por ela! Veio de raspão na minha cara. Um pavor.
Até hoje quando mergulho, dou aquele clássico bico, porém com a mão mais abertinha, como proteção do rosto.

Dia desses ouvi uma história surreal, estilo filme “esqueceram de mim”, em que tudo dá perfeitamente errado para os ladrões.

Imaginem:
Um gordinho querido e falante que sonha em um dia virar um surfista sarado (nem entremos nesse dilema!) e resolve se aventurar de fato nesse esporte.
Foi num dia de sol em que o mar estava amigável. O Godi (vamos chamá-lo assim) pegou a prancha do seu primo e vestiu uma camiseta pra evitar atritar seu pneu com a prancha. Ao entrar no mar deu um mergulho e logo sentiu alguma coisa incomodando ele nas costas... não precisou muito pra perceber que a água estava literalmente “viva” e dentro de sua camiseta.
Não eram só os fios, não foi de raspão. Era ela todinha esmagada entre a camiseta e as costas do Godi. Em ato desespero I Godi levantou a mão direita e puxou a bicha pra fora da camiseta. A bicha por sua vez ,instintivamente, se enlaçou na mão do rapaz. Em ato desespero II ele apelou pra mão esquerda e lutou pra tirar a bicha da mão direita. A bicha por sua vez, instintivamente e instantaneamente se enlaçou na outra mão do rapaz. Em ato desespero III ele começou a sacudir a mão esquerda freneticamente até a filha da mãe se desenlaçar e cair na água, “sumindo” por entre as águas.
Todos esses atos de desespero renderam muita queimadura, dor e UM ano de manchas pretas pelas partes atingidas.
É por isso que eu digo: sempre pode ser pior.

Por curiosidade e sorte nossa que esses gigantes das profundezas (vide imagem) não aportam no nosso litoral:
“A maior água-viva conhecida até o momento é a Nomura Jellyfish, que passa dos 2 metros e dos 200 kg fácil. Em algumas épocas do ano, essas águas-vivas imensas são levadas para a costa do Japão por correntes marinhas do ártico. Essas águas vivas são consideradas umas pragas, pois matam os peixes, deixando os pescadores em maus lençóis.” (http://mundoanormal.info/animais-bizarros-das-altas-profundidades ).

5 comentários:

Anônimo disse...

Ai, pobre do gordinho!
Beijos

LuRodrigues

Marcia disse...

Luana!
Estou adorando teu blog.
Que bom te ver lá!!!
vamos falando...
bjs!!

Gislaine Marques disse...

Oi! que bom que me encontraste!!! És muito bem-vinda na caixa de gis. A propósito, tá sabendo tudo de mães d'água, hein? ;-)) Eu, felizmente, faço parte das exceções. Nunca fui queimada. :-))))

Anônimo disse...

oi, lu!
bah, eu (tbm felizmente) nunca fui alvo dessas malditas.
e que nunca surjam no meu caminho!

:)

Anônimo disse...

Luana, atualiza isso!
Já estás na regressiva pra te mandar???
Quero notícias, please!!!
Beijos