quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Nem tudo é um moranguinho com chantily

Tive um sonho ruim e estranho e desconfortável e maluco também:
Sonhei que eu estava em um ônibus e tinha um velho ao meu lado, o velho me lembrava o pingüim do batman e/ou uma gorda que eu conheço que tem corpinho de pingüim.
O fato é que ele tava ao meu lado há horas enquanto seguíamos caminho. Só depois de um tempão é que me dei conta que ele tava passando a mão nas minhas costas, no estilo carinho nojento- macio- devagar- meloso - estranho.
Quando olhei pra cara dele vi que ele tava muito excitado: me encarava e ao mesmo tempo se encolhia de prazer, meio que afofando as partes.
Nessa hora foi como se eu despertasse, não do sonho, mas do que aquele “carinho” significava.
Me deu um pavor e corri pro fundo do bus. Soltei uns gritos bem altos pro resto do pessoal entender o que tava acontecendo. Foi quando olhei pra frente - o bus seguia seu caminho - e vi a cena. O “pingüim” – sem gestos e olhares - deu uma cambalhota pela janela afora e se foi.
O bus nem parou pra olhar pra trás. O “pingüim” se atirou literalmente de cabeça. Nem ao menos tentou se explicar, virar pra trás, falar algo, dar uma de maluco, dizer uma última palavra antes da partida.
Ele simplesmente se foi, sem a menor dúvida de que aquele seria seu último prazer em vida. MUITO LOUCO. A verdade é que esse sonho mexeu comigo, me deixou mal, passei o dia com o farol baixo e em vários momentos voltei a pensar nessa doideira.

Hoje, passado uns dias, me caiu à ficha, o que também pode ser pura bobagem: morte = renascimento; Se atirar de cabeça = impulso, decisões teoricamente “impensadas”. Muito parecido com tudo que estou vivendo, chutando alguns baldes, matando algumas coisas para renascer outras e o mais incrível é se dar conta que um sonho “cinza” desses pode significar coisas muito boas que estão por vir...

E tudo isso também me fez lembrar a época em que escrevia todos os meus sonhos logo ao acordar e passava interpretando eles. Lembro que quanto mais eu analisava, mais eu sonhava e vice-versa. É aquela velha história, “quanto mais se dorme, mais se quer dormir”. Eu tava tão fascinada com aquilo que em muitas ocasiões acordava de madrugada pra escrever os muitos sonhos que eu tinha em uma única noite. Era como se eles viessem a galope. E na maioria das vezes tinham bichos nos sonhos.

Nesse remember, escrevo abaixo na íntegra uns sonhos malucos com bichanos que tive:

14/06/2003 – “Sonhei que eu tava na Romênia com a Bibi, num festival de cinema que a gente havia sido convidada. Era só um final de semana e tinham vários famequianos por lá – esses que tem grana pra passear bastante. Entrei num museu de bichos ou algo assim. O chão tava cheio de insetos, cobras, bichinhos rastejantes. Andava meio que aos pulos.

27/04/2003 - "Sonhei que eu tava num clube estilo Hípica com a família e amigos. Segurava o Pedro no colo. Junto tava o Rô, o tio Ademar. Era como se o Pedro se transformasse num cachorro. O cachorro andava pelos cantos da parede tentando morder as cobras ao meio. E as cobras não paravam de se procriar, como se fossem larvas que vão virando cobras. Nós as defendíamos e o Rô segurava o gogó do cão para não matar as cobrinhas. Elas se procriavam muito.."

28/04/2003 – “ Sonhei que eu dormia na casa de alguém e o meu quarto ficava do lado da cozinha. Quando eu fui dormir tinham baratas, baratinhas pra tudo que era lado. Não consegui dormir, acordei a pessoa. Na outra noite seguia com um monte de barata surgindo. O resto eu não lembro, pois escrevi muito tarde.

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