Raramente falo sobre mim, porém as vezes falo sobre questões que me rodeiam, mas que fazem parte de um contexto maior presente na vida de cada um de nós e por essa razão penso que é gostoso de ser compartilhado.
Pois bem, aproveitando a inspiração de hoje, quero ir na contramão e falar exclusivamente de MUÁ. É que me animei lendo blogs de pessoas tão sinceras consigo (resquícios também do post anterior sobre ser sincera consigo mesma) como é o caso do Leonardo e da Gis e que conseguem trazer a tona seus sentimentos, como se estes estivessem expostos num varal, onde todo mundo pode ver, tocar, ajudar a mudar as coisas de lugar, independente se isso é de interesse geral ou não, se é bom ou ruim...
Pra mim esse é um canal virtual de troca de idéias em primeiro plano, mas também é onde muitas vezes exorcizamos nossos pesares e alegrias através das palavras. O que vamos combinar que nos poupa uma boa grana em terapia -auahuahauh!
Comecemos do começo. Sempre fui filha da crise, mas ao contrário das crises confusas e singelas dos meus anos juvenis a crise que me assombra agora é madura, clara como a água e forte como uma tormenta.
Não sei o que quero ser quando crescer. Mas a questão maior é que já cresci e continuo sem saber. Ohh God! ;-P
Trabalhei minha vida inteira, 9 anos, com comunicação, passando pelo mkt e RP, pelas produções publicitárias e pelas produções de eventos. Período rico em aprendizado, onde tive a sorte de participar de grandes projetos na Escala, por exemplo, onde fiquei meus últimos cinco anos e que me deram uma grande bagagem nas costas e agora até uma saudade daquela vida agitada e maluca, pois faz seis meses que larguei tudo pra tentar algo novo.
Em todo esse período imerso na minha profissão sempre me questionei duas coisas fortemente:
1. Que gostaria de trabalhar com algo mais específico, mais técnico, como é o caso dos médicos. Me incomoda saber que qualquer um pode trabalhar com comunicação enquanto só os médicos, por exemplo, são credenciados pra fazerem o seu ofício. Ou seja, pra que fiz a porra da faculdade se qualquer criatura pode fazer o mesmo? E me incomoda ver que, por trabalharmos com o subjetivo e com o abstrato muitas vezes, as coisas se arrastam e demoram pra se concretizar. Não é como numa operação, em que tu sai de lá, tem o período de recuperação e pronto. Na área da comunicação as coisas podem acontecer do dia pra noite ou podem nunca acontecer..muitos processos sao lentos e loucos.
2. Que gostaria de trabalhar com algo mais "bonito", no sentido de ajudar pessoas ou no mínimo ajudar a termos um mundo melhor. Ou sendo mais sucinta ainda, algo menos "vazio" e com um conteúdo mais relevante pra mim e pro mundo. Algo que eu me identifique fortemente.
Epa, epa, antes que surjam os ataques, nesse meio da comunicação e da publicidade tem muita coisa relevante, interessante e que possibilita termos um mundo ou um micro contexto melhor.
Mas o diabinho que habita dentro de mim muitas vezes palpitou que algo faltava. Muitas vezes tive a sensação que os projetos eram muito mais interessantes pra quem criava do que realmente pros que iriam usufruí-los.
O anjinho que habita em mim também me relembra que cada vez mais existem novas visões e novas maneiras de fazer o mesmo velho negócio, como é o caso dos meus amigos da Maria Cultura, por exemplo. Ajudei eles dois anos atrás a fazer o planejamento da empresa e na ocasião virávamos noites felizes da vida com a possibilidade de uma nova realidade que veio a ser a Maria. É uma questão de usar criatividade, de ter perseverança e a persuasão pra implantar determinado projeto bacana.
Uma área que admiro muito e nunca tive oportunidade de me aprofundar é o planejamento, onde tens a oportunidade de nortear toda a comunicação da empresa, dando um novo sentindo mais relevante e tudo mais. Enfim, tem coisa boa, tem coisa ruim, mas meu anjinho e meu diabinho sempre se bateram de frente e cá estou dividindo tudo isso com você. ;-)
O que sei é que larguei tudo pra me jogar em Londres, me jogar em algo desconhecido, dar um tempo, ter um novo desafio, olhar de fora da bolha e ter a possibilidade de rever tudo o que eu quisesse assim como experimentar coisas novas, viajar mais.
Primeiro queria melhorar o inglês e depois, no caso agora, decidir o que fazer da vida e retomar os estudos. Nossa, como gosto de estudar. E a vida de estudante?! Me sinto mais leve só de estudar inglês todas as manhãs, como se tivesse 18 anos, imagina um novo curso de especialização -uahuahuauh. Essa semana tive pesquisando cursos pra ver onde meu olhinho ia brilhar.
Pontos de interrogação me desconcertam. Decidir por algo novo ou permanecer na mesma linha de trabalho de repente só mudando o foco? Tenho 28 anos, não sou uma velha, o corpinho continua o mesmo-uahuaha- mas não me sinto confortável pra fazer escolhas erradas. Pra uma canceriana como eu, escolher é uma das tarefas mais difíceis. Mas uma escolha eu já fiz, que é ser feliz e fazer o que gosto. Pra mim isso é mais importante que qualquer dinheiro nesse mundo. E dinheiro é importante também, por isso fazer o que gosta significa fazer bem feito. Ai começamos a nos entender: dinheiro=prazer=realização.
Minhas vertentes de interessa são:
1. Psicologia. AMOOOOOO. Sempre foi meu barato. Sou daquelas que compra livro de Freud e Jung e artigos malucos só pelo prazer de ler sobre o assunto.
2. Arte / Design. AMOOOO. Amo como admiradora, como inspiração, como crítica, como prazer em viver rodeada de arte e bom gosto.
3. Escrever/ler. AMOOOOO. Descobri a escrita e como a maioria de vocês que tem blog, acho cada vez mais gostoso e interessante escrever. Qualquer cena, palavra, sensação pode se transformar em um texto...vivo com meu caderninho de idéia saboreando cada insight por mais que seja uma bobagem escrita só pra mim e mais ninguém.
4. Cozinhar. ADOROOO. Descobri a cozinha aqui em Londres e acho uma delícia, um mundo divertido de improvisação e experimentos. Mas não me vem com uma receita, que não consigo seguir a risca, quando vejo tô inventando as maiores bizarrices da culinária.
5. Comunicação. ADOROOO a parte estratégica, pensar uma ação ou criar um projeto bacana. Odeio a parte burocrática e as hierarquias presentes em qualquer empresa...
Ontem iniciei minha pesquisa de cursos e teve um que brilhou meus olhinhos chamado "Art Terapia". Bah, lincar arte com terapia seria um sonho, duas linhas que adoro e que fazem parte da minha vida diariamente. Depois vi um sobre direção de arte em produções. Foi a única produção que ainda não me aventurei e que sempre me seduziu.
Também vi uns cursos de criatividade meio malucos, pra abrir os poros e deixar a doideira sair pra fora.
Enfim, ando confusa, pensante e achei que escrever esse texto ia me fazer bem. Pode ser um tiro no pé (Ai, ai, ai, se o Faraquinho e a Fabi me lêem me deserdam pra sempre do mundo fashion dos nossos eventos, sem viagem de volta), mas também pode fazer bem pruma alma indecisa se mexer e dar o primeiro passo.
Penso muito em psicologia e afins, mas me questiono se teria paciência. Penso também em arte e afins e me questiono se teria talento. Penso em algo que seja um pós na minha área de RP e que traga mais conteúdo estratégico que tanto gosto ou algo mais social..antropologia, por exemplo, seria uma deli.
Talvez esteja sendo romantica demais. Existe trabalho ideal? Será? Será que um dia vou ter alguma certeza? Porque é tão difícil decretar um caminho? Quantos leões precisam morrer pra nos descobrirmos por inteiro? Existe alguém do outro lado que sente essas mesmas inquietações? Abre a porta que eu quero descer...
Ok, sem tanto drama...opções não faltam, é uma questão de seguir o coração, dar um passo de cada vez e se dedicar.
Não tô acostumada a abrir minha alma dessa maneira, por isso colabore com meus anjinhos e diabinhos e traga sua experiência e suas opiniões. ;-))
Minhas vertentes de interessa são:
1. Psicologia. AMOOOOOO. Sempre foi meu barato. Sou daquelas que compra livro de Freud e Jung e artigos malucos só pelo prazer de ler sobre o assunto.
2. Arte / Design. AMOOOO. Amo como admiradora, como inspiração, como crítica, como prazer em viver rodeada de arte e bom gosto.
3. Escrever/ler. AMOOOOO. Descobri a escrita e como a maioria de vocês que tem blog, acho cada vez mais gostoso e interessante escrever. Qualquer cena, palavra, sensação pode se transformar em um texto...vivo com meu caderninho de idéia saboreando cada insight por mais que seja uma bobagem escrita só pra mim e mais ninguém.
4. Cozinhar. ADOROOO. Descobri a cozinha aqui em Londres e acho uma delícia, um mundo divertido de improvisação e experimentos. Mas não me vem com uma receita, que não consigo seguir a risca, quando vejo tô inventando as maiores bizarrices da culinária.
5. Comunicação. ADOROOO a parte estratégica, pensar uma ação ou criar um projeto bacana. Odeio a parte burocrática e as hierarquias presentes em qualquer empresa...
Ontem iniciei minha pesquisa de cursos e teve um que brilhou meus olhinhos chamado "Art Terapia". Bah, lincar arte com terapia seria um sonho, duas linhas que adoro e que fazem parte da minha vida diariamente. Depois vi um sobre direção de arte em produções. Foi a única produção que ainda não me aventurei e que sempre me seduziu.
Também vi uns cursos de criatividade meio malucos, pra abrir os poros e deixar a doideira sair pra fora.
Enfim, ando confusa, pensante e achei que escrever esse texto ia me fazer bem. Pode ser um tiro no pé (Ai, ai, ai, se o Faraquinho e a Fabi me lêem me deserdam pra sempre do mundo fashion dos nossos eventos, sem viagem de volta), mas também pode fazer bem pruma alma indecisa se mexer e dar o primeiro passo.
Penso muito em psicologia e afins, mas me questiono se teria paciência. Penso também em arte e afins e me questiono se teria talento. Penso em algo que seja um pós na minha área de RP e que traga mais conteúdo estratégico que tanto gosto ou algo mais social..antropologia, por exemplo, seria uma deli.
Talvez esteja sendo romantica demais. Existe trabalho ideal? Será? Será que um dia vou ter alguma certeza? Porque é tão difícil decretar um caminho? Quantos leões precisam morrer pra nos descobrirmos por inteiro? Existe alguém do outro lado que sente essas mesmas inquietações? Abre a porta que eu quero descer...
Ok, sem tanto drama...opções não faltam, é uma questão de seguir o coração, dar um passo de cada vez e se dedicar.
Não tô acostumada a abrir minha alma dessa maneira, por isso colabore com meus anjinhos e diabinhos e traga sua experiência e suas opiniões. ;-))